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carne bovina

Chineses Rejeitam Preços Altos da Carne Bovina Brasileira

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Alta nos Preços da Carne Bovina Brasileira Deixa Chineses Incomodados: O Impacto no Mercado de Exportação e as Perspectivas para 2024.

carne bovina

Nos últimos meses, o mercado de carne bovina tem enfrentado uma alta significativa nos preços da arroba, reflexo da escassez de gado e da dinâmica de oferta e demanda no Brasil. Esse aumento de preços no mercado interno tem gerado impactos diretos no mercado de exportação, especialmente nas negociações com a China, um dos maiores importadores de carne bovina brasileira.

Alta nos Preços da Carne e as Implicações no Mercado Interno

O mercado físico do boi gordo, que representa a negociação direta do animal para abate, apresentou novas valorizações nas últimas semanas. Segundo dados da consultoria Safras & Mercado, o ambiente de negócios continua indicando possíveis reajustes no curto prazo, influenciados pela redução nas escalas de abate e pela limitação de oferta em muitas regiões do Brasil. A escassez de gado disponível para o abate tem pressionado os preços para cima, especialmente no Mato Grosso do Sul, onde a arroba foi negociada a R$ 318,56, uma alta de 0,85%.

Porém, no cenário doméstico, o aumento dos preços da carne tem levado os consumidores a buscar alternativas mais íveis, como o frango e os ovos. Isso pode diminuir a demanda interna por carne bovina, limitando os efeitos positivos da valorização para os pecuaristas brasileiros. Em um cenário de alta de preços, a estratégia de aumento da produção pode ser desafiada pela resistência dos consumidores.

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Veja também: Cotações da Arroba do Boi Gordo no Brasil: Análise por Estado


O Impacto nos Preços de Exportação para a China

Enquanto o mercado interno brasileiro lida com os preços elevados da carne, a China, que é o principal destino das exportações de carne bovina do Brasil, tem demonstrado desconforto com os recentes aumentos nos valores propostos para o dianteiro bovino. Segundo importadores chineses, os preços estão altos demais e não refletem a realidade do mercado interno chinês. Embora a China continue comprando carne brasileira, os números indicam que o preço do dianteiro bovino subiu 3,85% em relação à semana anterior, atingindo US$ 5.400 por tonelada.

Esses aumentos, que já refletem uma elevação de quase 20% em relação aos valores de julho de 2024, geram resistência no mercado chinês, dificultando a negociação de contratos no curto prazo. No entanto, a expectativa é de que, em função da alta nos custos internos do Brasil, os exportadores brasileiros sejam obrigados a rear os aumentos para os consumidores chineses, mesmo diante da insatisfação.

Exportações de Carne Bovina: Resultados Positivos para os Frigoríficos Brasileiros

Apesar das dificuldades em algumas negociações, as exportações brasileiras de carne bovina continuam em um ritmo ascendente. De acordo com a Secex, em outubro de 2024, as exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada aumentaram 47,2% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Esse crescimento consolida o Brasil como um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, com um acumulado de 24,2% de aumento nas exportações ao longo de 2024.

Preços da Arroba em Diferentes Estados Brasileiros

As variações no preço da arroba refletem as diferenças regionais no Brasil. Em São Paulo, por exemplo, a arroba pode chegar a ser negociada por até R$ 330, com negociações concentradas em torno de R$ 325. Em Minas Gerais, especialmente no Triângulo Mineiro, os preços também estão acima da média, alcançando R$ 320/325. Já em Mato Grosso, a cotação está em torno de R$ 310 a R$ 315 a arroba.

Essas flutuações nos preços internos, somadas ao cenário de alta nos preços de exportação, trazem desafios para os frigoríficos brasileiros, que precisam lidar com a resistência de mercados compradores e, ao mesmo tempo, manter a competitividade no cenário global.

O Caminho Adiante para os Exportadores Brasileiros

A alta nos preços da carne bovina no Brasil, impulsionada pelo aumento do custo do gado e pela escassez de oferta, pode ter efeitos de longo prazo na competitividade das exportações brasileiras. Os frigoríficos precisarão balancear os preços internos com a demanda externa, especialmente com mercados sensíveis aos aumentos, como a China. Por outro lado, o crescimento das exportações, especialmente para mercados que ainda absorvem as mudanças, sugere que a indústria de carne bovina brasileira segue sólida, com perspectiva de consolidação dos bons resultados de 2024.

Neste cenário, as estratégias de precificação, o monitoramento das condições de mercado e o fortalecimento das relações comerciais serão cruciais para que os frigoríficos brasileiros continuem se destacando no mercado internacional.

Imagem principal: Depositphotos.


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