Situação energética chinesa pode afetar o agro brasileiro
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O mercado está em alvoroço pois um importante player industrial que fornece insumos agrícolas para o mundo com preço competitivo tem chamado a atenção. Dessa vez a questão é a pior escassez de energia em dez anos que afeta a China. A situação energética chinesa pode afetar o agro brasileiro, saiba oq ue está acontecendo. O problema, que pode durar meses, impacta a recuperação econômica do país e pesa sobre o comércio global.
De tempos em tempos o mercado é inundado por temores em relação a indústria que fornece insumos para o mundo e em especial para o agronegócio. Notícias verdadeiras balizam análises sobre a questão do fornecimento industrial chines. A china como se sabe possui uma população muito grande e também é o maior poluidor mundial, com 28% do total mundial. Recentemente a China assumiu compromisso de alcançar a neutralidade de emissões até 2060. A meta está sobretudo relacionada à mudança das matrizes energética e de transportes.
Em 2017 saiu um estudo intitulado “Fechamento de Fábricas de Produtos Agroquímicos na China (2017)” que antevia o que estava por vir em 2018. De acordo com o texto, China era o maior fornecedor mundial e qualquer restrição no país asiático, impacta toda a cadeia de produção e consequentemente os preços.
Em 2018, o conceito de civilização ecológica foi inserido na constituição chinesa, realçando a tentativa de resolver tensões entre conservação ambiental e desenvolvimento econômico por meio de iniciativas concretas, como promoção das energias renováveis, economia de baixo carbono, reciclagem, reflorestamento e despoluição da água e do ar. O 14º Plano Quinquenal, a ser apresentado em março próximo, projeta o desenvolvimento econômico e social do país entre 2021 e 2025 com o meio ambiente como tema de primeira grandeza.
As notícias da época indicavam o fechamento de diversas fábricas na China, por conta da política de recuperação ambiental implantada naquele país, já impactavam fortemente no agronegócio brasileiro. Como consequência das restrições, houve na época redução na oferta de matéria-prima para a fabricação de defensivos agrícolas em diversas partes do mundo – especialmente no Brasil, que é o maior comprador dos ingredientes ativos asiáticos. Segundo informação, da época, recolhida pelo escritório em Xangai da Red Surcos, principal empresa de pesticidas de capital argentino, somente 20% das fábricas deste setor estavam habilitadas para operar. Ou seja, em 2017 apenas 400 fábricas (de um total de 2.200) estavam habilitadas e que haverá grande concentração de mercado.
Agora em 2021 a China está ando por uma grande crise de energia. O clima extremo, a maior demanda por eletricidade e os limites estritos no uso de carvão estão desferindo um golpe triplo na rede elétrica do país. É um problema que pode durar meses, prejudicando a recuperação econômica do país e pesando sobre o comércio global.
Várias províncias chinesas disseram que estão enfrentando uma crise de energia nas últimas semanas. Entre elas estão alguns dos motores mais importantes do país para o crescimento econômico. Por exemplo a província de Guangdong – um centro industrial responsável por mais de 10%, da produção econômica anual da China raciona energia há mais de um mês. Algumas autoridades locais estão alertando que o racionamento de energia pode durar até o final do ano. Mas não é só em Guangdong, , autoridades regionais a anunciarem cortes de energia em uma área do tamanho do Reino Unido, Alemanha, França e Japão juntos.
Essa é a pior escassez de energia na China desde 2011, quando secas e a alta nos preços do carvão levaram 17 províncias ou regiões a restringir o uso de eletricidade. Desta vez, o aumento pós-pandêmico de commodities e o clima severo estão forçando as termoelétricas a reduzir a produção. Entretanto, agora existe uma diferença importante: a China quer atingir a meta de alcançar a neutralidade de carbono até 2060. Entretanto o carvão ainda está envolvido na geração de cerca de 60% da energia do país.
A escassez representa um golpe duplo que pode tirar a frágil recuperação da China do curso, ao mesmo tempo que traz mais problemas para as cadeias de abastecimento globais que já estão sofrendo com o problema.
Como situação energética chinesa pode afetar o agro brasileiro.
A ofensiva do governo chinês para regular o uso de energia nas fábricas do país provoca uma “situação crítica” no fornecimento de defensivos agrícolas. O corte em até 90% da energia elétrica consumida interrompe a produção de importantes fabricantes de matérias-primas. Parques químicos estão simplesmente sendo fechados e desligados alerta a CCAB, empresa agroquímica do Grupo InVivo no Brasil.
“Temos como maior exemplo a província de YunNan que é a maior produtora de fósforo amarelo na China e que recebeu redução de 90% na disponibilidade de energia. Os preços do fósforo amarelo dobraram entre 1o e 15 de setembro e causaram falta de matéria-prima para produtos importantes como Glifosato, Acefato, Malathion”, aponta o relatório da empresa CCAB.
Segundo o comunicado, “grandes aumentos de preços e cancelamento de embarques são esperados. Já com elevados custos, o glifosato pode subir ainda bem mais. Analistas já dizem que o produto que hoje apresenta aumento de 233% quando comparado ao preço do ano ado, pode chegar nas próximas semanas a um novo pico, atingindo novo aumento de até 70% sobre condições atuais”.
A melhor maneira de prevenir a alta ainda mais forte dos preços e até mesmo uma possível falta de abastecimento é garantir a compra o quanto antes. Planejamento é a melhor estratégia para sair dessa crise.
Imagem: foto Dusan Kostic (depositphotos)
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